
Anvisa pune fabricantes de Vitamina D e Ômega 3: entenda o que muda
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou medidas rigorosas contra diversas marcas que comercializam suplementos alimentares no Brasil, como vitamina D e ômega 3. As ações incluem punições por propaganda enganosa, promessas de efeitos terapêuticos não comprovados e inadequações na rotulagem.
O que motivou as punições?
Segundo a Anvisa, muitos produtos estavam sendo comercializados como se fossem medicamentos, prometendo curas ou prevenções de doenças como osteoporose, Alzheimer, câncer e doenças cardíacas, sem respaldo científico ou autorização para isso. Isso viola as regras de publicidade e segurança estabelecidas para suplementos alimentares.
Além disso, algumas empresas estavam comercializando produtos com concentrações superiores aos limites seguros definidos pela Anvisa, especialmente no caso da vitamina D, que em doses elevadas pode causar intoxicação e prejuízos renais.
Marcas e empresas autuadas
Embora a Anvisa não tenha divulgado todos os nomes publicamente, fontes do setor confirmam que as empresas atingidas são fabricantes populares no mercado digital e de farmácias, com forte presença em redes sociais e marketing de influenciadores. Algumas enfrentam interdição de lotes e recolhimento de produtos.
Impacto para os consumidores
O consumidor deve redobrar a atenção na hora de comprar suplementos. A Anvisa reforça que:
- Suplementos não substituem medicamentos;
- Devem ser usados sob orientação médica ou nutricional;
- Rótulos com promessas de cura ou prevenção de doenças devem ser denunciados.
A recomendação é adquirir produtos regularizados e verificar o número de registro da Anvisa no rótulo ou no site oficial da agência.
O que dizem os especialistas?
De acordo com médicos e nutricionistas, o uso excessivo ou mal orientado desses suplementos pode trazer mais riscos do que benefícios. No caso da vitamina D, a hipervitaminose pode causar náuseas, fraqueza, dores musculares e calcificação nos rins. Já o ômega 3, em altas doses, pode afetar a coagulação sanguínea.
“É um equívoco pensar que todo suplemento é inofensivo. O consumo deve ser prescrito por profissionais e nunca baseado apenas em vídeos da internet ou indicações de celebridades”, alerta a nutricionista Fernanda Rodrigues.
Como saber se um produto está regularizado?
O site da Anvisa permite consultar se um suplemento está aprovado. Basta acessar o portal consultas.anvisa.gov.br e digitar o nome do produto ou da empresa para verificar a situação cadastral.
Conclusão
A decisão da Anvisa é um alerta sobre os perigos da desinformação na área da saúde. Consumidores devem buscar fontes confiáveis e sempre consultar um profissional antes de iniciar qualquer suplementação. A fiscalização tende a aumentar, e o mercado deverá se adaptar a regras mais rígidas nos próximos meses.
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