
💥 Hack no Pix: Como quase R$ 1 bilhão foi desviado em ataque hacker
Publicado em: 3 de julho de 2025 | Por: Jornalizando

🔎 O que aconteceu?
Na madrugada do dia 2 de julho de 2025, uma ação hacker desviou cerca de R$ 800 milhões — podendo chegar a quase R$ 1 bilhão — do sistema financeiro. O alvo foi a C&M Software, responsável por interligar 22 instituições financeiras ao sistema do Banco Central, especificamente à plataforma do Pix.
O ataque comprometeu as chamadas contas de reserva bancária — usadas para liquidação entre instituições —, e não contas de pessoas físicas. Ainda assim, a conexão de várias instituições foi temporariamente suspensa.
💻 Como o ataque foi realizado?
Segundo apurações, os criminosos utilizaram credenciais reais de clientes da C&M Software e realizaram transações via Pix para contas de terceiros (“laranjas”). O sistema do Banco Central não foi violado, mas a integração com a C&M foi comprometida.
Especialistas classificam o ataque como “sofisticado”, utilizando falhas na camada de autenticação e comunicação da empresa com o Banco Central.
🔐 O que o Banco Central fez?
Ao ser informado, o BC desligou imediatamente a C&M Software do sistema e iniciou bloqueios com base no Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada em 2021 para permitir reversões de transações fraudulentas via Pix.
Até agora, estima-se que cerca de R$ 400 milhões foram recuperados, mas o restante foi rapidamente redirecionado para criptomoedas e contas com difícil rastreabilidade.
⚠️ Quais as falhas reveladas?
- Prestadoras de serviços como a C&M não tinham supervisão direta como os bancos.
- As autorizações de transações eram feitas sem múltiplas camadas de segurança.
- O MED ainda é limitado frente a fraudes extremamente rápidas.
🛡️ O que muda agora?
O Banco Central anunciou que revisará a regulação sobre empresas intermediadoras como a C&M. O MED também será ampliado para permitir rastreamento de transações em cadeia, mesmo após repasses múltiplos.
A expectativa é de que os bancos reforcem seus protocolos de autenticação e monitoração para operações via Pix de valores elevados.
📱 Como se proteger?
Apesar do ataque não atingir diretamente contas de usuários, é importante:
- Ativar autenticação em dois fatores nos aplicativos bancários.
- Monitorar extratos com frequência.
- Reduzir limites do Pix se não forem usados com frequência.
- Desconfiar de qualquer comunicação não solicitada de “suporte bancário”.
📌 Conclusão
O maior ataque hacker já registrado ao sistema Pix expôs falhas nas integrações de terceiros e revelou a necessidade urgente de aprimoramento na governança e segurança digital. O Banco Central promete mudanças, mas o episódio mostra que até sistemas bem avaliados como o Pix ainda têm brechas críticas.