
Mais de 120 cidades do RS sofrem com estragos por chuvas e enchentes
Durante o fim de semana, o Rio Grande do Sul foi castigado por fortes chuvas que causaram enchentes em 121 municípios, segundo levantamento da Defesa Civil estadual divulgado no sábado (21) :contentReference[oaicite:2]{index=2}. A região enfrenta situação crítica com rios transbordando, desabrigados e danos em infraestrutura.
Números que preocupam
- Pessoas acolhidas: cerca de 1.914 em abrigos, além de 6.058 alojadas na casa de familiares ou amigos :contentReference[oaicite:3]{index=3}.
- Número de desalojados e desabrigados: mais de 7 mil pessoas afetadas até agora :contentReference[oaicite:4]{index=4}.
- Mortes confirmadas: ao menos duas, incluindo uma mulher de 54 anos em Candelária; também há relatos de desaparecidos :contentReference[oaicite:5]{index=5}.
Regiões mais afetadas
Fronteira Oeste: rios Uruguai e seus afluentes permanecem em elevação há seis dias com pontos de transbordamento em Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Alegrete e Manoel Viana :contentReference[oaicite:6]{index=6}.
Vale do Sinos e Vale do Caí: os rios dos Sinos (São Leopoldo) e Caí (Montenegro) ultrapassaram em até 82 cm suas cotas de cheia :contentReference[oaicite:7]{index=7}.
Região Central: mais de 17 cidades decretaram emergência — Jaguari lidera com 700 desalojados. Mata decretou calamidade pública com cerca de 80 famílias afetadas e comércio prejudicado; Santa Maria tem 45 famílias ilhadas em Passo do Verde :contentReference[oaicite:8]{index=8}.
Impacto em Cachoeira do Sul e Canoas
Em Cachoeira do Sul, o rio Jacuí atingiu 26,51 m — o terceiro nível mais alto já registrado — e provocou desalojamento de 600 pessoas; duas das principais pontes foram bloqueadas :contentReference[oaicite:9]{index=9}.
Em Canoas, na Grande Porto Alegre, centenas de famílias da Praia de Paquetá estão ilhadas, com acesso possível apenas por balsas e motos‑aquáticas. A Defesa Civil tem distribuído mantimentos :contentReference[oaicite:10]{index=10}.
Comparativo com eventos anteriores
Em maio de 2024, o estado enfrentou sua pior enchente da história, que atingiu mais de **385 cidades**, deixou centenas de mortos e mais de um milhão de afetados :contentReference[oaicite:11]{index=11}. O episódio atual, embora grave, ainda não se equipara em escala, mas acende um alerta por repetir padrões devastadores.
Resposta das autoridades
O governo do estado e prefeituras locais mobilizam Defesa Civil, Bombeiros, Exército e Força Nacional. Foram reforçados os sistemas de alerta (incluindo o Alerta.AÍ) e ações emergenciais de socorro, limpeza e reabertura de estradas :contentReference[oaicite:12]{index=12}.
Prevendo os próximos dias
- Ainda há risco de novos alagamentos devido à saturação do solo e níveis de rios ainda altos.
- A população segue sob alerta, com orientações de higiene, cuidados com doenças (como leptospirose) e uso de abrigos confiáveis.
- Esforços agora se concentram em recuperações rápidas e reforço dos sistemas preventivos antes da próxima estação de chuvas.
O que especialistas recomendam
Renovar o investimento em sistemas de monitoramento, drenagem urbana e controle de enchentes. Além disso, atualizar planejamento de emergência e garantir infraestrutura mais resistente para enfrentar eventos extremos — cada vez mais intensificados pelas mudanças climáticas.
Por fim, o episódio reforça a urgência de políticas públicas para mitigar riscos e proteger populações vulneráveis, em especial em áreas ribeirinhas e expostas.
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