
Freira Brasileira Destituída na Itália Busca Justiça no Vaticano
A freira brasileira Aline Pereira Ghammachi, de 34 anos, natural de Macapá (AP), foi destituída do cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, localizado próximo a Veneza, na Itália. A decisão ocorreu após denúncias anônimas que alegavam maus-tratos e manipulação das irmãs sob sua liderança. Aline, que assumiu o cargo em 2018 aos 33 anos, tornando-se a madre-abadessa mais jovem da Itália, nega as acusações e afirma que sua destituição foi motivada por preconceito e machismo dentro da Igreja Católica.
Denúncias e Auditorias
Em 2023, uma carta anônima enviada ao Papa Francisco acusou Aline de destratar e manipular as irmãs, além de ocultar informações financeiras do mosteiro. Uma auditoria inicial sugeriu o arquivamento do caso, mas posteriormente, a investigação foi reaberta a pedido de autoridades eclesiásticas. Aline relata que comentários sobre sua aparência física, como ser “bonita demais para ser freira”, foram utilizados para desqualificá-la.
Reações e Consequências
Após sua destituição, 11 das 22 freiras do mosteiro deixaram a comunidade em protesto, alegando pressão e tratamento injusto. Aline afirma que não houve um processo formal ou julgamento adequado e que sua substituição ocorreu durante o período de luto pela morte do Papa Francisco, impossibilitando recursos imediatos.
Busca por Justiça
Aline está determinada a buscar justiça junto ao Vaticano, contestando as acusações e denunciando o que considera ser um caso de machismo institucionalizado. O caso ganhou repercussão internacional, levantando debates sobre o papel das mulheres na Igreja e a necessidade de transparência nos processos internos.