
Morre Nana Caymmi aos 84 anos: legado, carreira e causa da morte
Nana Caymmi, uma das vozes mais poderosas e emocionantes da música brasileira, faleceu nesta quinta-feira, 1º de maio de 2025, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Filha do lendário compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana marcou época com interpretações intensas, talento singular e uma trajetória de resistência artística.
Carreira e trajetória
Dinahir Tostes Caymmi nasceu em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro. Desde cedo envolvida com a música, iniciou sua carreira nos anos 1960. Ao longo das décadas, consolidou-se como uma das grandes intérpretes da MPB, com parcerias marcantes ao lado de Milton Nascimento, Tom Jobim, Wagner Tiso e Gilberto Gil.
Entre seus discos mais importantes estão “Nana Caymmi” (1983), “Bolero” (1993), “Resposta ao Tempo” (1998) e “Caymmi” (2019), este último lançado em homenagem ao centenário do pai. Sua voz grave e carregada de emoção foi reconhecida pelo público e pela crítica como uma das mais expressivas do país.
Problemas de saúde e internações
Nos últimos anos, Nana enfrentava um quadro de saúde delicado. Em meados de 2024, foi internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. Ela passou por uma cirurgia para colocação de um marcapasso e chegou a precisar de traqueostomia, além de ficar em suporte intensivo.
Mesmo com a melhora temporária que permitiu visitas e pequenas interações, o estado de saúde de Nana voltou a se agravar no início de 2025. A cantora estava em cuidados paliativos nas últimas semanas e veio a falecer pacificamente na manhã de 1º de maio.
Velório e homenagens
O velório está previsto para ocorrer na sexta-feira (2), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público. Artistas, autoridades e fãs devem prestar suas homenagens a uma das maiores representantes da música brasileira.
“Perdemos uma gigante. Sua voz ecoará para sempre”, declarou um porta-voz da família Caymmi.
Legado eterno
Nana Caymmi deixa três filhos, netos e um legado musical que atravessa gerações. Ao lado dos irmãos Dori e Danilo Caymmi, manteve viva a força artística da família. Seus álbuns continuam entre os mais respeitados da música nacional, com interpretações que continuam a emocionar o público.
Sua morte representa o fim de uma era, mas também a eternização de uma artista que desafiou tendências e permaneceu fiel à sua essência. Nana foi e sempre será símbolo de elegância, intensidade e autenticidade na arte.