
Collor teria transtorno bipolar, segundo sua defesa
Defesa de Fernando Collor Solicita Prisão Domiciliar ao STF com Base em Laudo Médico
Em 26 de abril de 2025, a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de conversão de sua prisão preventiva em prisão domiciliar. O requerimento baseia-se em um novo laudo médico que diagnostica Collor com transtorno bipolar, condição que, segundo os advogados, requer cuidados específicos incompatíveis com o ambiente carcerário.
Contexto da Prisão
Fernando Collor foi preso preventivamente em 25 de abril de 2025, em Maceió, Alagoas, após decisão do STF relacionada a investigações de corrupção e lavagem de dinheiro. A prisão ocorreu no âmbito de desdobramentos da Operação Lava Jato, na qual Collor já havia sido condenado anteriormente.
Detalhes do Laudo Médico
O novo laudo médico, elaborado por especialistas em psiquiatria, aponta que Collor sofre de transtorno afetivo bipolar, caracterizado por episódios alternados de mania e depressão. O documento destaca que o ex-presidente apresenta sintomas como:
- Oscilações de humor intensas;
- Períodos de euforia seguidos de depressão profunda;
- Alterações no sono e apetite;
- Dificuldades de concentração e tomada de decisões.
Os médicos recomendam tratamento contínuo com medicação estabilizadora de humor e acompanhamento psiquiátrico regular, condições que seriam difíceis de serem mantidas no sistema prisional.
Argumentos da Defesa
Os advogados de Collor argumentam que a manutenção da prisão preventiva coloca em risco a saúde mental e física do ex-presidente. Eles ressaltam que:
- O transtorno bipolar é uma condição médica grave que requer ambiente controlado;
- O tratamento adequado não pode ser garantido no sistema penitenciário;
- A prisão domiciliar permitiria o acompanhamento médico necessário sem comprometer as investigações.
Próximos Passos
O pedido será analisado pelo ministro relator do caso no STF, que poderá solicitar parecer do Ministério Público Federal antes de tomar uma decisão. Caso o pedido seja deferido, Collor cumprirá prisão domiciliar, possivelmente com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas restritivas.
Repercussão
A solicitação da defesa gerou debates sobre a aplicação de medidas alternativas à prisão preventiva, especialmente em casos envolvendo figuras públicas e condições de saúde específicas. Organizações de direitos humanos destacam a importância de garantir tratamento adequado a todos os detentos, independentemente de sua posição social.
O caso de Fernando Collor evidencia os desafios do sistema judiciário em equilibrar a necessidade de punição com o respeito aos direitos humanos e à saúde dos acusados. A decisão do STF sobre o pedido de prisão domiciliar poderá estabelecer precedentes para situações semelhantes no futuro.
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