5 de setembro de 2025
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Collor teria transtorno bipolar, segundo sua defesa

Defesa de Fernando Collor Solicita Prisão Domiciliar ao STF com Base em Laudo Médico

Defesa de Fernando Collor Solicita Prisão Domiciliar ao STF com Base em Laudo Médico

Em 26 de abril de 2025, a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de conversão de sua prisão preventiva em prisão domiciliar. O requerimento baseia-se em um novo laudo médico que diagnostica Collor com transtorno bipolar, condição que, segundo os advogados, requer cuidados específicos incompatíveis com o ambiente carcerário.

Contexto da Prisão

Fernando Collor foi preso preventivamente em 25 de abril de 2025, em Maceió, Alagoas, após decisão do STF relacionada a investigações de corrupção e lavagem de dinheiro. A prisão ocorreu no âmbito de desdobramentos da Operação Lava Jato, na qual Collor já havia sido condenado anteriormente.

Detalhes do Laudo Médico

O novo laudo médico, elaborado por especialistas em psiquiatria, aponta que Collor sofre de transtorno afetivo bipolar, caracterizado por episódios alternados de mania e depressão. O documento destaca que o ex-presidente apresenta sintomas como:

  • Oscilações de humor intensas;
  • Períodos de euforia seguidos de depressão profunda;
  • Alterações no sono e apetite;
  • Dificuldades de concentração e tomada de decisões.

Os médicos recomendam tratamento contínuo com medicação estabilizadora de humor e acompanhamento psiquiátrico regular, condições que seriam difíceis de serem mantidas no sistema prisional.

Argumentos da Defesa

Os advogados de Collor argumentam que a manutenção da prisão preventiva coloca em risco a saúde mental e física do ex-presidente. Eles ressaltam que:

  • O transtorno bipolar é uma condição médica grave que requer ambiente controlado;
  • O tratamento adequado não pode ser garantido no sistema penitenciário;
  • A prisão domiciliar permitiria o acompanhamento médico necessário sem comprometer as investigações.

Próximos Passos

O pedido será analisado pelo ministro relator do caso no STF, que poderá solicitar parecer do Ministério Público Federal antes de tomar uma decisão. Caso o pedido seja deferido, Collor cumprirá prisão domiciliar, possivelmente com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas restritivas.

Repercussão

A solicitação da defesa gerou debates sobre a aplicação de medidas alternativas à prisão preventiva, especialmente em casos envolvendo figuras públicas e condições de saúde específicas. Organizações de direitos humanos destacam a importância de garantir tratamento adequado a todos os detentos, independentemente de sua posição social.

O caso de Fernando Collor evidencia os desafios do sistema judiciário em equilibrar a necessidade de punição com o respeito aos direitos humanos e à saúde dos acusados. A decisão do STF sobre o pedido de prisão domiciliar poderá estabelecer precedentes para situações semelhantes no futuro.

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