5 de setembro de 2025
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Conflito entre Israel e Gaza se intensifica em abril de 2025

Conflito entre Israel e Gaza se intensifica em abril de 2025

Ataque a escola em Gaza deixa mortos e reacende alerta global

No sábado, 19 de abril de 2025, forças israelenses bombardearam uma escola na Faixa de Gaza utilizada como abrigo por civis deslocados, resultando na morte de pelo menos quatro pessoas, incluindo uma criança. O local, segundo relatos da ONU, estava identificado como espaço protegido por convenções internacionais.

O ataque faz parte de uma nova ofensiva de Israel contra o Hamas, iniciada após um recrudescimento dos confrontos em março. Desde então, mais de 1.500 pessoas morreram apenas nas últimas três semanas, agravando ainda mais a crise humanitária no enclave palestino.

Contexto histórico: um conflito de décadas

A tensão entre israelenses e palestinos remonta à criação do Estado de Israel, em 1948, que resultou no êxodo de centenas de milhares de palestinos. Desde então, a região viveu inúmeras guerras, intifadas (levantes populares), intervenções internacionais e acordos de paz fracassados.

Alguns marcos importantes do conflito:

  • 1948: Criação do Estado de Israel e primeira guerra árabe-israelense.
  • 1967: Guerra dos Seis Dias, com ocupação da Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Colinas de Golã.
  • 1987-1993: Primeira Intifada.
  • 2000-2005: Segunda Intifada.
  • 2007: Hamas assume controle total da Faixa de Gaza, após vencer eleições parlamentares.
  • 2014: Conflito de 50 dias entre Israel e Hamas, com mais de 2.200 mortos.
  • 2023: Escalada sem precedentes após ataque coordenado do Hamas a Israel.

Quem são os principais atores do conflito?

Israel: Potência militar do Oriente Médio, conta com apoio estratégico dos Estados Unidos e União Europeia. Alega direito à autodefesa diante dos ataques com foguetes e atentados promovidos pelo Hamas.

Hamas: Grupo islamista radical que governa Gaza desde 2007. É classificado como organização terrorista por Israel, EUA e UE, mas conta com apoio de parte da população palestina e de governos como Irã e Catar.

Autoridade Palestina: Governo reconhecido internacionalmente, com sede na Cisjordânia, comandado por Mahmoud Abbas. Tem pouca influência sobre Gaza e relações tensas com o Hamas.

Situação humanitária em Gaza: uma catástrofe em curso

Organizações como a ONU, Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras alertam para o colapso total dos serviços básicos em Gaza. Com o bloqueio israelense intensificado, cerca de 2,3 milhões de pessoas estão isoladas sem acesso a comida, água potável, combustível e medicamentos.

Relatórios recentes indicam que:

  • Mais de 30 mil pessoas já morreram desde o início da guerra em 2023;
  • Cerca de 70% das vítimas são mulheres e crianças;
  • Hospitais operam sem eletricidade e remédios básicos;
  • A infraestrutura civil (escolas, abrigos, instalações da ONU) está sendo bombardeada.

Reações da comunidade internacional

Apesar de crescentes apelos por um cessar-fogo, o Conselho de Segurança da ONU segue dividido. Os EUA continuam apoiando Israel, vetando propostas de resolução mais duras. Já países como França, Brasil e África do Sul têm condenado os bombardeios em áreas civis.

O Tribunal Penal Internacional abriu investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos por ambos os lados.

Trump e a nova postura americana

Donald Trump, que tenta retornar à presidência dos EUA nas eleições de novembro, declarou nesta semana que poderá abandonar totalmente as negociações multilaterais envolvendo Rússia, Ucrânia e o Oriente Médio. A fala sinaliza uma possível política externa isolacionista, o que pode agravar ainda mais os conflitos globais.

Qual o futuro do conflito?

Analistas políticos alertam que o impasse pode se estender por meses ou anos. A falta de vontade política das grandes potências, somada à radicalização dos grupos envolvidos, torna improvável uma solução diplomática a curto prazo.

A população civil continua sendo a principal vítima de um conflito que mistura religião, disputas territoriais, interesses geopolíticos e ressentimentos históricos.

O mundo assiste, mais uma vez, à devastação de Gaza e à escalada da violência em Israel. O conflito de 2025 já é um dos mais letais da década, e a urgência por uma resposta humanitária internacional nunca foi tão necessária. Enquanto isso, famílias inteiras continuam soterradas sob escombros, esperando por um cessar-fogo que ainda parece distante.

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