5 de setembro de 2025
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Estamos à Beira da Sexta Extinção em Massa? Veja o Alerta de Cientistas e os Dados Alarmantes

Estamos à Beira da Sexta Extinção em Massa? Veja o Alerta de Cientistas e os Dados Alarmantes

13 de abril de 2025 — Um novo alerta global foi disparado pelo renomado professor Hugh Montgomery, da University College London: o planeta está à beira de uma nova extinção em massa, e desta vez, causada por nós. Segundo ele, o ritmo atual de destruição ambiental supera qualquer outro evento similar da história da Terra — incluindo a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos.

O que é uma extinção em massa?

Na ciência, uma extinção em massa ocorre quando mais de 75% das espécies desaparecem em um curto intervalo de tempo geológico. Ao longo dos últimos 540 milhões de anos, o planeta já passou por cinco extinções em massa documentadas, sendo a mais severa a do período Permiano, há 252 milhões de anos, que eliminou cerca de 90% das espécies marinhas.

O alerta atual aponta para a chamada “sexta extinção em massa”, provocada por fatores antropogênicos — ou seja, causados pela ação humana.

Quais são as causas da sexta extinção?

  • Mudanças climáticas: O aumento da temperatura média global já supera 1,1°C desde a Revolução Industrial, segundo o IPCC. Isso causa desertificação, elevação do nível do mar e colapso de habitats naturais.
  • Desmatamento e perda de habitat: A expansão agrícola, urbana e industrial destrói áreas florestais e ecossistemas inteiros. A Amazônia, por exemplo, pode atingir o ponto de não retorno em menos de 20 anos.
  • Poluição e resíduos: Microplásticos já foram detectados até na placenta humana, e oceanos enfrentam zonas mortas crescentes. A poluição também afeta diretamente a saúde de animais e humanos.
  • Caça predatória e tráfico de animais: Espécies ameaçadas continuam sendo exploradas ilegalmente, como tigres, pangolins, rinocerontes e aves tropicais.
  • Espécies invasoras: Com a globalização, animais e plantas são transportados para novos ambientes, desequilibrando ecossistemas locais.

Dados alarmantes sobre biodiversidade

Segundo o Relatório Global da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), cerca de 1 milhão de espécies estão atualmente ameaçadas de extinção — muitas dentro de décadas. Entre os grupos mais afetados estão insetos polinizadores, anfíbios, corais e aves.

Além disso:

  • Desde 1970, o planeta perdeu cerca de 69% da população global de vertebrados, segundo o WWF.
  • Mais de 90% dos grandes peixes oceânicos foram extintos ou estão ameaçados pela pesca predatória.
  • O permafrost do Ártico está derretendo e pode liberar vírus e bactérias ancestrais com potencial pandêmico.

O que diz Hugh Montgomery?

Para o professor Montgomery, se o atual ritmo de destruição continuar, poderemos ver o colapso da civilização humana nas próximas décadas. Em suas palavras: “Estamos em uma emergência planetária. O sistema climático, ecológico e de saúde está interligado, e já estamos vivenciando os primeiros sinais de um colapso em cadeia.”

Ele também destaca que a destruição do meio ambiente acelera o surgimento de novas doenças infecciosas, como observado com a COVID-19, originada do contato humano com animais silvestres.

Existe solução?

Sim — mas exige ação imediata, coletiva e política. Entre as medidas urgentes estão:

  • Redução imediata das emissões de carbono (meta de zero líquido até 2050);
  • Proteção de pelo menos 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos até 2030 (meta da ONU – Kunming-Montreal);
  • Reformas na agricultura e pecuária para modelos sustentáveis;
  • Educação ambiental de base e apoio à ciência;
  • Investimentos em energias renováveis e economia circular.

Conclusão

A nova extinção em massa já está em andamento — silenciosa, mas implacável. Ainda há tempo para reverter o pior cenário, mas isso depende de decisões radicais e imediatas. Cada escolha importa: desde hábitos de consumo até o voto em líderes comprometidos com o meio ambiente.

Ignorar esse alerta é aceitar o fim de uma era. A natureza pode sobreviver sem nós, mas nós não sobreviveremos sem ela.

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