
Governo Lula DESAPROVADO

Uma nova pesquisa da Quaest, encomendada pela corretora Genial, revelou que a desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu 56%, o maior índice em seus três mandatos. Paralelamente, a aprovação caiu para 41%, evidenciando um desgaste crescente da imagem do chefe do Executivo. O resultado da pesquisa reflete um momento de turbulência na gestão petista, que enfrenta desafios tanto na economia quanto na articulação política.
O levantamento foi realizado em meio a um cenário de preocupação com a economia, percepção de insegurança e descontentamento popular com a condução de políticas públicas. A inflação persistente, o aumento do endividamento das famílias, a dificuldade em implementar reformas estruturais e os desgastes políticos são apontados como fatores centrais para essa queda na popularidade.
Principais fatores para a queda na aprovação
- Alta da inflação e perda do poder de compra: O aumento dos preços dos alimentos, combustíveis, serviços e aluguéis tem impactado diretamente o orçamento das famílias brasileiras. Apesar das tentativas do governo de conter a alta dos preços através de subsídios e políticas de controle, a percepção popular é de que as medidas adotadas são insuficientes ou mal planejadas. O endividamento das famílias também aumentou, refletindo um cenário de instabilidade econômica.
- Dificuldade na condução da economia e falta de crescimento: O governo tem enfrentado dificuldades para impulsionar o crescimento econômico, atraindo investimentos e gerando empregos. A instabilidade política e a falta de clareza nas diretrizes econômicas afastam investidores, enquanto setores produtivos cobram reformas estruturais para facilitar o ambiente de negócios. A taxa de juros elevada, imposta pelo Banco Central para controlar a inflação, também prejudica o consumo e o crescimento.
- Crises políticas e falta de articulação com o Congresso: Desde o início do mandato, Lula tem encontrado dificuldades em construir uma base sólida no Congresso Nacional. A resistência de parlamentares do Centrão, além da oposição ferrenha de bolsonaristas, tem dificultado a aprovação de projetos estratégicos do governo. Esse cenário gera instabilidade e paralisa importantes iniciativas governamentais, reforçando a percepção de um governo fragilizado.
- Segurança pública e aumento da violência: Em algumas regiões do país, a criminalidade tem aumentado, especialmente com a atuação de facções criminosas no Norte e Nordeste. A falta de uma política nacional eficaz de combate ao crime organizado gera cobranças sobre o governo federal. Além disso, a queda de investimentos em segurança nos estados também agrava a percepção de insegurança da população.
- Críticas à política externa e postura internacional: A postura do governo em relação a países como Rússia, China e Venezuela também tem sido alvo de críticas. A oposição acusa Lula de se aproximar excessivamente de regimes autoritários e de adotar uma política externa que não necessariamente traz benefícios diretos ao Brasil. Isso gera questionamentos sobre a estratégia diplomática do governo e seus efeitos na economia e na influência do país no cenário global.
Desafios para o futuro
Com a aproximação das eleições municipais de 2024 e a crescente pressão da oposição, Lula enfrenta um período decisivo para tentar reverter essa tendência negativa. O governo precisará adotar medidas concretas para recuperar a confiança da população, especialmente na área econômica, promovendo estímulos ao crescimento, reduzindo a inflação e melhorando a segurança pública.
A dificuldade em dialogar com o Congresso e a resistência política também representam desafios para a governabilidade. Sem uma base sólida e alianças estratégicas, Lula pode enfrentar ainda mais entraves para implementar suas promessas de campanha. A pesquisa da Quaest é um sinal de alerta: a paciência do eleitorado está se esgotando, e ajustes rápidos serão necessários para evitar um desgaste ainda maior.
Se a atual tendência persistir, o governo Lula pode encontrar dificuldades crescentes em consolidar sua governabilidade e seu legado político, tornando os próximos meses decisivos para seu futuro e o do Brasil.
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