5 de setembro de 2025
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De ‘Caçador de Marajás’ a condenado por corrupção: a trajetória de Fernando Collor

De ‘Caçador de Marajás’ a condenado por corrupção: a trajetória de Fernando Collor

Data: 25 de abril de 2025

Autor: Jornalizando, portal de notícias

Ascensão política com discurso anticorrupção

Em 1989, Fernando Collor de Mello foi eleito presidente do Brasil com uma campanha centrada no combate aos chamados “marajás” — funcionários públicos acusados de receber salários elevados sem correspondência com suas funções. Seu discurso anticorrupção e promessas de modernização econômica conquistaram o eleitorado, tornando-o o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar.

Impeachment e retorno ao cenário político

O mandato de Collor foi interrompido em 1992, quando enfrentou um processo de impeachment devido a acusações de corrupção e má gestão. Após um período afastado da política, retornou em 2007 como senador por Alagoas, cargo que ocupou até 2023.

Condenação e prisão em 2025

Em 2023, Collor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações revelaram que ele recebeu cerca de R$ 20 milhões em propinas para facilitar contratos entre a BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras, e a empresa UTC Engenharia. Em 25 de abril de 2025, foi preso em Maceió, Alagoas, após o ministro Alexandre de Moraes determinar o início imediato do cumprimento da pena, considerando os recursos da defesa como meramente protelatórios. :contentReference[oaicite:2]{index=2}

Operação Lava Jato e impacto político

A condenação de Collor é um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que expôs um esquema de corrupção envolvendo políticos e empresários no Brasil. A prisão do ex-presidente reforça a tendência de responsabilização de líderes políticos por atos ilícitos, sendo mais um exemplo de ex-mandatários brasileiros enfrentando a justiça. :contentReference[oaicite:3]{index=3}

Ironias e legado

A trajetória de Collor é marcada por ironias: eleito com a promessa de combater a corrupção, acabou condenado pelos mesmos crimes que jurou erradicar. Sua prisão simboliza a complexidade da política brasileira e a necessidade contínua de vigilância e transparência nas instituições públicas.

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