
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da comercialização de suplementos alimentares contendo ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) no Brasil. A decisão, divulgada em 3 de abril de 2025, tem como principal justificativa a falta de comprovação científica sobre a segurança e eficácia da planta quando utilizada na forma de suplemento. Neste artigo, exploramos os detalhes dessa proibição, seus impactos e o que consumidores e fabricantes devem fazer diante dessa nova regulamentação.

O que é Ora-pro-nobis?
Ora-pro-nobis é uma planta trepadeira nativa da América do Sul, especialmente presente no Brasil. Suas folhas são ricas em proteínas, fibras e minerais, sendo amplamente utilizadas na culinária, principalmente na região de Minas Gerais. Considerada um alimento funcional, a ora-pro-nobis é apreciada por seu alto valor nutricional e benefícios à saúde, como auxílio na digestão e no fortalecimento do sistema imunológico.
Nos últimos anos, o interesse comercial pela planta cresceu, levando ao desenvolvimento de suplementos alimentares à base de ora-pro-nobis. No entanto, a ausência de estudos científicos aprofundados sobre a segurança do consumo da planta em altas concentrações motivou a decisão da Anvisa.
Motivos da Proibição
A Anvisa justifica a proibição com base em três fatores principais:
- Falta de comprovação científica: Apesar do uso tradicional da planta na alimentação, não há estudos suficientes que garantam sua segurança e eficácia quando consumida em suplementos alimentares.
- Risco de efeitos adversos: O consumo excessivo de qualquer substância pode ter impactos negativos na saúde. Sem estudos detalhados, não é possível avaliar os riscos associados ao uso contínuo da ora-pro-nobis em formato de suplemento.
- Necessidade de regulamentação adequada: Para que um ingrediente seja aprovado para uso em suplementos alimentares, é preciso que ele passe por uma avaliação rigorosa de segurança, algo que ainda não foi concluído para a ora-pro-nobis.
Impactos para Consumidores e Fabricantes
A decisão da Anvisa tem implicações diretas para consumidores e empresas do setor de suplementos:
- Para consumidores: Quem já utiliza suplementos com ora-pro-nobis deve interromper o consumo até que haja uma regulamentação mais clara sobre sua segurança. Alternativas como o consumo natural da planta em pratos tradicionais continuam permitidas.
- Para fabricantes: Empresas que produzem e comercializam suplementos com ora-pro-nobis devem retirar os produtos do mercado imediatamente, sob risco de penalizações. Além disso, para que a planta seja aprovada futuramente, as empresas precisarão investir em pesquisas científicas que comprovem sua segurança e benefícios.
O que Fazer Agora?
Se você é consumidor de suplementos com ora-pro-nobis, recomenda-se buscar orientação médica ou nutricional para encontrar alternativas seguras. Para os fabricantes, o caminho é acompanhar as diretrizes da Anvisa e avaliar a possibilidade de conduzir estudos que possam embasar uma futura liberação da planta na forma de suplemento alimentar.
Conclusão
A proibição da ora-pro-nobis em suplementos pela Anvisa destaca a importância da ciência na regulamentação de alimentos e produtos para a saúde. Embora a planta continue sendo uma excelente opção nutricional na alimentação tradicional, sua utilização em suplementos ainda carece de estudos que garantam sua segurança. Até que novas pesquisas sejam conduzidas, consumidores e fabricantes devem seguir as diretrizes da agência reguladora para evitar possíveis riscos à saúde.